16 março 2016

Cristo, nossa Páscoa






Pois Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi sacrificado.
1 Coríntios 5:7b
      
            É fundamental estarmos atentos ao que está sendo apresentado ao mundo como sendo a ”Páscoa”. Temos a verdade gravada em nossos corações e temos a obrigação de comunicar esta verdade. É importante entendermos que a verbalização só surtirá efeito, se precedida pela intercessão, pois a luta não é contra idéias ou pessoas e sim contra o mal que influencia estas idéias e estas pessoas.

Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do diabo, pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.
Efésios 6:11,12

            A verdade é luz em nossas vidas e temos a obrigação de brilhar e iluminar todos à nossa volta. Jesus é esta verdade em nossa vida e deve ser visto por todos. Esta é a razão de ser da Igreja. Somos templo e morada do Espírito Santo por isto. Para refletir o Senhor Jesus como luz no meio das trevas. Isto é tanto um grande privilégio como uma grande responsabilidade.

Falando novamente ao povo, Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida". 
"Vocês são a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade construída sobre um monte.
E, também, ninguém acende uma candeia e a coloca debaixo de uma vasilha. Pelo contrário, coloca-a no lugar apropriado, e assim ilumina a todos os que estão na casa.
Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus".

            Refletir a verdade de Deus revelada nas Escrituras é obrigação de todos os que seguem ao Senhor Jesus.
Agora me alegro em meus sofrimentos por vocês, e completo no meu corpo o que resta das aflições de Cristo, em favor do seu corpo, que é a igreja. Dela me tornei ministro de acordo com a responsabilidade por Deus a mim atribuída de apresentar-lhes plenamente a palavra de Deus, o mistério que esteve oculto durante épocas e gerações, mas que agora foi manifestado a seus santos.
A eles quis Deus dar a conhecer entre os gentios a gloriosa riqueza deste mistério, que é Cristo em vocês, a esperança da glória.

            Somos os santos de que Paulo fala e somos nós que devemos dar continuidade ao ministério, assumindo a responsabilidade atribuída por Deus. Todos amam a parte que fala sobre a esperança da glória, mas preferem deixar a responsabilidade de ministrar esta glória para Paulo ou para os “líderes” da Igreja atual.
            A grande verdade que as forças espirituais do mal procuram esconder nas trevas, nesta semana em especial, é de que Jesus é o cordeiro de Deus e veio para tirar o pecado do mundo. Esta é a glória que devemos ministrar ao mundo.

No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!

            Fico tremendamente angustiado quando ouço os religiosos citarem o texto acima sem terem em suas vidas, a revelação de seu significado espiritual.
Tanto os cristãos que fazem parte da Igreja Romana quanto os outros religiosos em geral, até mesmo os que estão participando das reuniões da Igreja do Senhor mas não reconhecem e não vivem a grande verdade revelada neste verso acima, precisam urgentemente que nós nos despertemos e nos esforcemos.
 É importante ensinar a verdade sobre a Páscoa mas não é este o propósito desta reflexão. Até mesmo os religiosos são capazes de ensinar sobre isto.
O propósito aqui nesta reflexão e em todas as outras reflexões deste blog, desde o início, é despertar os intercessores para a responsabilidade de estar com Cristo nas Regiões Celestiais.
É inútil ensinar sem que antes, os ouvidos estejam preparados para ouvir. Mesmo de quem se propõe a ensinar.

Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Apocalipse 3:13    

            Esta expressão é repetida em todas as sete cartas que o Senhor Deus dirigiu às Igrejas da Ásia e isto nos mostra a extrema importância de se ter ouvidos para ouvir. Ouvidos naturais todos temos, inclusive os religiosos, mas para ouvir a voz do Espírito, é preciso mais do que apenas ouvidos.
            Esta expressão fala em intima comunhão. Intimidade e comunhão com o Senhor é imprescindível para poder ouvir a voz do Espírito.

O Senhor confia os seus segredos aos que o temem, e os leva a conhecer a sua aliança
Salmos 25:14
Quem tem os meus mandamentos e lhes obedece, esse é o que me ama. Aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me revelarei a ele".

            Este é o temor de que o salmista fala e é o que o Senhor procura naqueles que querem ouvir a voz do Espírito.
            Entendo que os religiosos não podem ouvir pois seus ouvidos só ouvem o que sua religiosidade permite e toda religiosidade está sujeita ao controle das forças espirituais do mal nas regiões celestiais.
             Este é o grande ponto. É nas regiões celestiais que devemos atuar para que a religiosidade seja vencida. Os religiosos não conseguem passar do átrio, onde ficam repetindo os mesmos sacrifícios, se arrependendo dos mesmos pecados e se lavando da mesma sujeira. Nunca conseguem chegar ao lugar santo e comer o Pão Vivo que Desceu do Céu à Luz do candelabro.
            Veja a interpretação da banda irlandesa U2 para o salmo 40:

Eu esperei pacientemente pelo Senhor
Ele se inclinou sobre mim e ouviu meu clamor
Ele me puxou e me tirou do poço
Para fora de um barro lamacento

Eu cantarei, cantarei uma nova canção
Eu cantarei, cantarei uma nova canção
Quanto tempo cantarei esta canção?
Quanto tempo cantarei esta canção?
Quanto tempo? Quanto tempo? Quanto tempo?
Quanto tempo cantarei esta canção?

Colocou meus pés sobre uma rocha
E os fez caminharem firmemente
Muitos verão, muitos verão e ouvirão

Eu cantarei, cantarei uma nova canção
Eu cantarei, cantarei uma nova canção
Quanto tempo cantarei esta canção?
Quanto tempo cantarei esta canção?
Quanto tempo? Quanto tempo? Quanto tempo?
Quanto tempo cantarei esta canção?

Quanto tempo cantarei esta canção?
Quanto tempo cantarei esta canção?
Quanto tempo cantarei esta canção?
Quanto tempo cantarei esta canção?

            Quantas vezes é possível repetir o trajeto entre o altar e a bacia da purificação?
Nossa intercessão deve ser em favor do povo que ficou para trás, preso na escuridão total, fora do tabernáculo, ou estão presos no átrio, não chegando nunca ao lugar santo.
            Nosso lugar é com o Senhor sempre. Devemos ter livre acesso ao pátio e também ao lugar santo, mas nossa responsabilidade para com o Senhor é entrarmos no santíssimo, ou seja, ao lugar onde somos assentados com Ele e onde ocorre a verdadeira batalha.
            Se alguém disse que as regiões celestiais são apenas lugar de plena paz e santo gozo, certamente nunca esteve lá. Somos chamados para a guerra e é nas regiões celestiais que ela é travada.
            O Senhor venceu o poder do pecado na cruz e depois disto, atravessou o véu entre o lugar santo e o santíssimo para que nós o seguíssemos. Este é o crescimento. Este é o avanço.

Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, 

Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam, e avançando para as que estão diante de mim,

Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.
João 14:6    

            Como nos ensinam os estudiosos das escrituras e dos costumes judaicos, o tabernáculo era dividido em:
a)      Átrio, também chamado “caminho”, onde estavam o altar e a bacia para purificação cerimonial;
b)      Lugar Santo, também chamado “verdade”, onde ficavam o altar de incenso, a mesa dos pães e o candelabro;
c)      O lugar santíssimo, também chamado de “vida”, onde ficava a arca da aliança.

Na realidade, as portas tinha primeiramente estes nomes.

Como já disse anteriormente, os religiosos jamais conseguem passar do átrio, ou seja, apenas iniciam no caminho mas não conseguem avançar. Ficam sempre repetindo os passos entre o altar de holocausto e a bacia. Se arrependem dos seus pecados, vão até a bacia para se lavar, mas não conseguem sair deste círculo. O problema me parece que está no entendimento sobre o altar e a bacia.
            No altar, os pecados são perdoados e a carne é queimada. Perdão e entrega total. A entrega parcial é rejeitada e os pecados continuam tendo força contra o homem.
A bacia é uma figura da santificação. Era revestida de espelhos e, enquanto se lavava, a pessoa podia ver seu próprio rosto e o céu como pano de fundo. Isto nos mostra que a lavagem é símbolo tanto da santificação pessoal quanto da aplicação pessoal da palavra de Deus. A purificação é totalmente individual e é feita aos olhos do céu, ou seja, somente o homem e o Senhor. A falta de entendimento da importância de se lavar dos pecados e purificar não apenas o exterior mas o interior, faz com que o homem fique preso neste círculo. É o famoso peca, despeca, despeca, peca.
Enquanto o sacrifício e a purificação não forem completos, a culpa vai prevalecer e o pecado será sempre repetido.
            O holocausto é o perdão de Deus referente ao pecado e a bacia de purificação lava o sentimento de culpa. Só assim o homem poderá continuar o caminho até a verdade, ou seja, o lugar santo.

Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: "Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos.
E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará".
  
A bacia da purificação é o confronto direto com a Palavra. Sem esta purificação, o pecado continuará reinando. É preciso olhar para dentro de si mesmo e então, ser purificado.

Lava-me de toda a minha culpa e purifica-me do meu pecado. Pois eu mesmo reconheço as minhas transgressões, e o meu pecado sempre me persegue.

Quem não passa por este processo completo no átrio não chega ao lugar santo, ou seja, fica parado no caminho e não se encontra pessoalmente com a verdade, jamais podendo ouvir o que o Espírito diz.

Esta é a batalha espiritual de um verdadeiro cristão revestido com a armadura de Deus.
Somente quando consegue ir adiante, passando da bacia e indo em direção ao lugar santo, o cristão começará a receber sua armadura de Deus e iniciar seu engajamento na Batalha em prol do povo de Deus, a favor da Verdade e contra a religiosidade.
Entender o significado completo da Páscoa é essencial para que a religiosidade seja quebrada e a verdade flua.
A vitória de Jesus é descrita em Apocalipse desta forma:

Então vi na mão direita daquele que está assentado no trono um livro em forma de rolo escrito de ambos os lados e selado com sete selos. Vi um anjo poderoso, proclamando em alta voz: "Quem é digno de romper os selos e de abrir o livro? "Mas não havia ninguém, nem no céu nem na terra nem debaixo da terra, que podia abrir o livro, ou sequer olhar para ele. Eu chorava muito, porque não se encontrou ninguém que fosse digno de abrir o livro e de olhar para ele. Então um dos anciãos me disse: "Não chore! Eis que o Leão da tribo de Judá, a Raiz de Davi, venceu para abrir o livro e os seus sete selos".
Então vi um Cordeiro, que parecia ter estado morto, de pé, no centro do trono, cercado pelos quatro seres viventes e pelos anciãos. Ele tinha sete chifres e sete olhos, que são os sete espíritos de Deus enviados a toda a terra.

João viu o cordeiro que foi morto e reviveu, mas o anjo havia anunciado que o Leão venceu.  Somente quando o leão e o cordeiro estiverem com o lugar correto no coração do homem, a porta do lugar santo se abrirá.

Portanto, irmãos, temos plena confiança para entrar no Santo dos Santos pelo sangue de Jesus, por um novo e vivo caminho que ele nos abriu por meio do véu, isto é, do seu corpo.

Hebreus 10:19,20


Vamos ver as instruções sobre a montagem do tabernáculo e isto ficará mais claro. Note que a montagem começava de dentro para fora, iniciando pelo santíssimo.

Disse o Senhor a Moisés:
"Arme o tabernáculo, a Tenda do Encontro, no primeiro dia do primeiro mês. Coloque nele a arca da aliança e proteja-a com o véu. Traga a mesa e arrume sobre ela tudo o que lhe pertence. Depois traga o candelabro e coloque as suas lâmpadas.
Ponha o altar de ouro para o incenso diante da arca da aliança e pendure a cortina na entrada do tabernáculo. "Coloque o altar dos holocaustos em frente da entrada do tabernáculo, da Tenda do Encontro; ponha a bacia entre a Tenda do Encontro e o altar, e encha-a de água. Arme ao seu redor o pátio e coloque a cortina na entrada do pátio.

Quando o Senhor veio ao mundo em Belém, fez este caminho, de dentro para fora e então, desde o batismo no rio Jordão até atravessar o véu, fez o caminho de fora para dentro. Veja a revelação que o Pai nos dá através do Apóstolo Paulo:

Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até à morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.

Desde o nascimento de Jesus até o último momento neste mundo, houve um novo nível de guerra entre Luz e Trevas. A perseguição foi constante e na cruz, a serpente pensou ter alcançado e picado mortalmente ao Senhor. Na verdade, a aproximação foi apenas pera que a cabeça da serpente fosse ferida.

E a cada um de nós foi concedida a graça, conforme a medida repartida por Cristo. Por isso é que foi dito: "Quando ele subiu em triunfo às alturas, levou cativo muitos prisioneiros, e deu dons aos homens".
(Que significa "ele subiu", senão que também descera às profundezas da terra? Aquele que desceu é o mesmo que subiu acima de todos os céus, a fim de encher todas as coisas. )

Após narrar esta vitória, Paulo descreve os dons que foram concedidos à Igreja.
Desde a vitória na cruz, a Igreja foi inserida na guerra entre Luz e Trevas, mas com a garantia da vitória no final.

Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê: primeiro do judeu, depois do grego. Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é pela fé, como está escrito: "O justo viverá pela fé".

Mas eu lhes afirmo que é para o bem de vocês que eu vou. Se eu não for, o Conselheiro não virá para vocês; mas se eu for, eu o enviarei.
Quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, da justiça e do juízo.
Do pecado, porque os homens não crêem em mim; da justiça, porque vou para o Pai, e vocês não me verão mais; e do juízo, porque o príncipe deste mundo já está condenado.
 
Jesus atravessou o véu e o rasgou para que pudéssemos seguir avante. Do outro lado do véu está o lugar santíssimo, onde o alimento é o maná e a Palavra de Deus é palpável. Lá o sacerdócio floresce eternamente e a voz de Deus ecoa.
O véu está rasgado e o próprio Senhor está nos convidando para avançar com Ele.
Este é o ambiente da batalha espiritual.
A batalha entre a luz e as trevas começou antes da criação do mundo e só terminará quando todos os aliados do Diabo forem lançados no lago de fogo com ele. Esta é uma verdade que muitos preferem não procurar entender pois não é nada doce, mas muito amarga para a maioria dos cristãos.
            Um cordeiro foi crucificado e um leão ressuscitou. A partir daí, a batalha mudou de cenário e os participantes também mudaram.
            Antes da cruz, o homem somente tinha participação no conflito quando era ungido pelo Espírito Santo, ou seja, separado para uma tarefa específica. Esta unção era privilégio de Sacerdotes, juízes, Reis e Profetas. Após o véu ser rasgado, todos os que entrassem pela porta do átrio já seriam participantes com o Espírito Santo e começariam a jornada até o santíssimo.
            Cabe aos que se achegaram às regiões celestiais, batalhar em prol daqueles que ainda estão no caminho.
            A falta de entendimento sobre a Páscoa é um grave sintoma da religiosidade que impede o homem de ir além da bacia de purificação.
           
            Muitos reconhecem exteriormente que a páscoa aponta para Jesus, mas seus corações não conseguem entender isto. Em seus corações, o lugar santo é inalcançável e o véu continua ocultando o santíssimo.

Devemos ensinar as verdades de Deus. Somente assim, os olhos e ouvidos se abrirão e haverá cura.



Todavia, como está escrito: "Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou o que Deus preparou para aqueles que o amam";
mas Deus o revelou a nós por meio do Espírito.
O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus.
Pois, quem dentre os homens conhece as coisas do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece as coisas de Deus,
a não ser o Espírito de Deus.





Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos;
sem santidade ninguém verá o Senhor.
Hebreus 12:14

Conseqüentemente, a fé vem por ouvir a mensagem,
e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo.
Romanos 10:17


Marcelo Tristão de Souza
Guamaré / RN

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