20 julho 2016

Intercedendo em Espírito e Verdade

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.






Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a sua vontade, ele nos ouve.
E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos.
1 João 5:14,15


Outro dia li uma frase muito interessante: O sábio simplifica o complexo e o intelectual complica o simples. Observando o que está sendo divulgado sobre intercessão, na televisão e na internet, podemos afirmar que há muito mais intelectualidade do que sabedoria, deixando obscurecidas suas verdadeiras intenções.
Em resumo, o que se está ensinando é que intercessão é um ministério reservado para pessoas escolhidas especificamente para este propósito, mas sinceramente, não concordo com isto.
O texto da carta aos Hebreus apresenta o Senhor Jesus como quem vive sempre para interceder, e isto vai de encontro com toda esta intelectualidade atual.

Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.

                Se olharmos para a intercessão com olhar simples e pedindo ajuda do Espírito Santo para que possamos compreender nosso papel neste contexto, veremos que não há nada de complicado. Somos chamados para seguir ao Senhor Jesus em todos os sentidos e situações e o texto acima nos mostra uma das situações em que devemos seguir o Senhor e nos tornarmos participantes com Ele do que está sendo feito atualmente. Se o Senhor está neste momento, sentado ao lado do Pai, intercedendo por nós, o mínimo que devemos fazer é participar ativamente desta atividade.
                Quanto ao chamado específico que é apregoado pelos “mestres”, creio que se estende ao corpo de Cristo em geral, mas infelizmente poucos dão ouvidos a este chamado.
                O problema com os ensinos atuais está exatamente neste ponto. Muito se especula sobre as “qualidades mínimas” para se tornar intercessor e pouco se ensina sobre Quem é o verdadeiro mestre no caminho da intercessão. Mas, graças a Deus, o ensino completo está nas páginas da Bíblia, para quem dá ouvidos ao quem o Espírito diz às Igrejas.
                A porta de entrada para este ministério que não é uma obrigação e sim, um privilégio disponível para todos os filhos de Deus, está no seguinte texto:

Da mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis.
E aquele que sonda os corações conhece a intenção do Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade de Deus.

                O Espírito Santo é o mestre intercessor, que nos guia até o intercessor por excelência. Que é Jesus Cristo.
                Não há intelectualidade nem complicações nisto. Basta pedir a ajuda do Espírito e seguir com humildade todas as orientações que Ele lhe dá. Se há um requisito para ser intercessor, pode ter certeza que este é apenas AMOR. A única exigência para interceder é amor, pois não faz sentido algum exercer qualquer atividade na vida cristã se não for motivado primeiramente por AMOR e com a intercessão não poderia ser diferente. O simples fato de abrir este texto para ler já é uma prova de que teu espírito está sendo guiado pelo amor.
                O texto que nos fala sobre a adoração verdadeira é um lindo paralelo para a verdadeira intercessão. No evangelho de João, capítulo 4, no encontro com a mulher samaritana, junto ao poço, o Senhor ensina que a adoração só será verdadeira quando realmente guiada pelo Espírito Santo, que habita não em templos ou lugares específicos, mas dentro de cada um daqueles que se entregaram ao amor de Cristo. Mais adiante, no capítulo 16, Jesus ensina sobre o propósito do Espírito, que é glorificar a Jesus e guiar seu povo no conhecimento da Verdade. Na intercessão, os princípios são os mesmos. O Espírito Santo nos guia nos propósitos de Deus tanto na adoração quanto nas orações, principalmente nas intercessões, que nada mais são do que a oração voltada inteiramente para a vida de outros.
                É importante orar por nossos propósitos, mas orar pelos propósitos de outras pessoas é mais importante e traz mais benefícios. Isto está claro nos ensinos do Senhor sobre o Reino de Deus, quando Ele nos incentiva a buscar o Reino em primeiro lugar e as demais coisas nos seriam acrescentadas:

Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

                O contexto é longo e complexo, mas inicia com uma declaração sobre o senhorio na vida dos súditos do Reino. Jesus nos apresenta uma escolha que define se seremos cidadãos do Reino ou escravos do Império:

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
               
                Após apresentar esta escolha, o verso seguinte inicia com “por isto”, fazendo ligação estre a escolha do senhorio e a vida após esta escolha.
                Quando vivemos como cidadãos do Reino, somos exercitados diariamente a confiar no Senhor e sua provisão para nossa vida particular, deixando cada vez mais espaço para orar pelos outros cidadãos deste Reino. É nesta sequencia que percebemos que a oração intercessora é mais gratificante do que a oração particular, pois desfrutamos da vida comum e crescemos em amor e comunhão.
                Neste ponto, poderemos perceber que a vida de intercessão é um privilégio maravilhoso, mas só será possível suportar as pressões do império das trevas, se estivermos sempre em sintonia com o Espírito de Deus.
                Preste atenção ao texto de Efésios 6:10-18 e verá que a armadura citada pelo Apóstolo Paulo é principalmente para proteção e não para ataque:

No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, ficar firmes.
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,

                O propósito está ligado diretamente à oração intercessora, como fica claro nos versos finais e posteriores:

Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos,
E por mim; para que me seja dada, no abrir da minha boca, a palavra com confiança, para fazer notório o mistério do evangelho,
Pelo qual sou embaixador em cadeias; para que possa falar dele livremente, como me convém falar.

                Paulo tinha em mente toda a dificuldade que estava enfrentando e as dificuldades que os outros irmãos também enfrentavam, pois o Império das Trevas não era de carne e sangue, mas estava claramente influenciando os homens que se opunham ferozmente ao Reino de Deus. A luta era travada de maneira brutal, trazendo fome e morte aos cristãos em todos os lugares, por isto toda a carta aos Efésios deve ser vista como um chamado à batalha espiritual que se travava naqueles dias e se trava nos nossos dias, deixando claro que se travará até o final dos tempos da Igreja neste mundo.
                É triste afirmar isto, mas os ensinamentos que buscam dificultar o engajamento do povo de Deus na batalha da Intercessão não vem de Deus e sim, das potestades de que Paulo fala no verso 12:

Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.

                São estes os verdadeiros interessados em diminuir o Exército de Intercessores, colocando dificuldades que não existem, na tentativa de manter o povo apenas nas orações e súplicas primárias, sem crescimento e comunhão.
                Se alguém ainda está na dúvida sobre o chamado universal para a intercessão, leia o texto de Paulo à Timóteo:

Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens;
Pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade;
Porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade.

                Não responder ao apelo do Apóstolo é um ato de negligência que traz prejuízos ao que se recusa a atender e também ao restante do povo que carece grandemente destas intercessões.
                Por isto afirmo sem medo de errar:

O PAI PROCURA PELOS VERDADEIROS INTERCESSORES,
QUE INTERCEDEM EM ESPÍRITO E VERDADE.





Ó Brasil, eu coloquei vigias sobre os seus muros.
Eles vão orar a Deus sem parar, pedindo que Ele cumpra suas promessas.
Vocês, vigias, orem sem parar, não se entreguem ao repouso,
não lhe deem descanso até Ele firmar o Brasil
e torná-lo famoso e respeitado por toda a terra.
Isaías 62:6-7



Marcelo Tristão de Souza
Guamaré/RN



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