06 abril 2016

Exército de Deus - Parte 04 - Consagrando a casa nova






Então os oficiais falarão ao povo, dizendo:
Qual é o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, e torne-se à sua casa para que porventura não morra na peleja e algum outro a consagre.
Deuteronômio 20:5


            Na reflexão anterior, iniciamos os pontos referidos pelo Senhor na Lei sobre as guerras. O primeiro ponto nos falou sobre a total confiança, obediência e dependência que devemos depositar em Deus, pois é a presença dele que nos garante a vitória.
            Agora veremos o segundo ponto, que nos fala sobre a consagração da casa nova.
            Na época em que a Lei foi entregue, o povo estava peregrinando no deserto rumo à terra prometida por Deus à Abraão, e certamente que não poderiam edificar casa antes que esta promessa se concretizasse e finalmente chegassem ao seu destino. Com isto vemos que este é um ponto maravilhosamente profético, tanto para aquele povo quanto para nós, que vivemos debaixo da graça.
            Mesmo que não houvesse uma edificação para que habitassem e nem mesmo um local fixo para adorar a Deus, eles foram instruídos a fazer cabanas para si e uma cabana especial para o Senhor. Desde aqueles tempos remotos o Senhor já vinha dando início à edificação da Igreja, através de figuras que só viriam a se concretizar milhares de anos á frente.



            Que tipologia maravilhosa temos da Igreja desde o tabernáculo no deserto, passando por diversas outras até chegar à atual, que é um corpo que tem por cabeça o próprio Cristo.
           
Ora, vocês são o corpo de Cristo, e cada um de vocês, individualmente, é membro desse corpo.
1 Coríntios 12:27

Antes, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo. Dele todo o corpo, ajustado e unido pelo auxílio de todas as juntas, cresce e edifica-se a si mesmo em amor, na medida em que cada parte realiza a sua função.

            Com estes dois textos acima, chegamos ao cumprimento profético deste segundo ponto da Lei das Guerras. Edificar a casa nova e consagrá-la.
            Partindo da figura das cabanas e chegando até a figura do corpo, vemos Deus se tornando cada vez mais próximo de nós, até o ponto de fazer morada literalmente no homem:

Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos?
           
            Este é o cumprimento da profecia revelada na Lei das Guerras:

Qual é o homem que edificou casa nova e ainda não a consagrou? Vá, e torne-se à sua casa para que porventura não morra na peleja e algum outro a consagre.
Deuteronômio 20:5

            Como vimos até aqui, no deserto, o povo habitava em volta do tabernáculo, que era onde Deus se encontrava com eles dentro dos parâmetros descritos na Lei. Em ocasiões específicas, onde foi preciso ensinar com veemência, Deus ordenou que a arca da aliança fosse transportada até o campo de batalha e assim, todos os duvidosos eram convencidos de que o Senhor dos Exércitos estava ali com eles, pois a arca simbolizava a presença de Deus.
            Quando edificaram o templo em Jerusalém, os padrões proféticos do tabernáculo foram mantidos, ficando a edificação em um local de destaque escolhido por Deus e se tornando o centro de toda a comunidade judaica.
            Na era da graça, cada indivíduo é uma edificação onde o próprio Deus faz morada, devendo ser consagrado como o centro desta nova casa.
            Este é o ponto chave desta reflexão:

Devemos interceder para que, cada pessoa que já faz parte, passa a fazer ou ainda virá a fazer parte da Igreja, receba de Deus a revelação de que se tornou uma casa nova e que deve ser consagrada ao Senhor.

            No famoso texto sobre a edificação da Igreja, temos a revelação de como devemos consagrar nossa casa ao Senhor:

Chegando Jesus à região de Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: "Quem os homens dizem que o Filho do homem é? "Eles responderam: "Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas". "E vocês? ", perguntou ele. "Quem vocês dizem que eu sou? "Simão Pedro respondeu: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Respondeu Jesus: "Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus. E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la.

            A revelação que Deus deu a Pedro é a pedra onde a nova casa é edificada e é a verdade onde consagramos esta casa ao Senhor. Jesus é o Cristo, filho do Deus vivo.
            Esta breve revelação tem um significado grandioso. Ela nos fala em Salvação e proteção. Jesus é o Salvador que nos leva ao seu Pai e nos apresenta como seus irmãos, tornando-nos filhos de um Deus vivo. Passamos a ser família de Deus assim como Abraão, Isaque e Jacó. Esta é a garantia de que as portas do inferno não prevalecerão contra esta nova casa, pois está edificada e consagrada na verdade revelada.
           
            Precisamos cada dia mais de guerreiros intercessores e até aqui, vimos dois pontos que determinam se um novo soldado será alistado para esta batalha ou se deverá voltar e continuar o treinamento fora do campo de batalha.
            Isto é muito sério, pois quando uma pessoa inicia algo para Deus, seja uma função na Igreja Local, um direcionamento de intercessão ou um ministério, e desiste no meio do caminho, ocorre uma quebra de comunhão com Deus por parte da própria pessoa, que se sente culpada e se afasta, causando um grande esfriamento de sua fé e muitas vezes até se afastando da Igreja. É exatamente neste ponto que o inimigo vai se concentrar para que esta pessoa se sinta cada vez mais fraca e culpada, não conseguindo reunir forças para se levantar e seguir em frente.
            Como Igreja, temos que estar atentos para estas situações e ajudar de todas as maneiras possíveis para que esta pessoa se levante, mas melhor do que ver estas quedas é prevenir que isto aconteça, através da atuação dos dons ministeriais, preparando os guerreiros antes de enviá-los ao campo de batalha.
            Primeiro vimos que é necessário total confiança e obediência ao Senhor e no segundo ponto, vemos que só se pode entrar em batalha, após a consagração da casa.
            Sem confiança e obediência, o inimigo parecerá maior do que é e a derrota será certa. Sem a consagração, as portas do inferno prevalecerão sobre aquela casa especificamente. Nos dois pontos vistos até agora, o sacerdote trouxe à memória o poder incomparável de Deus e os oficiais começaram a separação dos aptos para a batalha. Com estes esclarecimentos, devemos ter em mente que a função dos ministros da Igreja é a dos oficiais, separando os aptos e encaminhando os inaptos para que se adequem aos requisitos e então possam se tornar aptos para a batalha. Nisto vemos a atuação dos dons espirituais e principalmente dos dons ministeriais. Para quem não se lembra, vejamos o famoso texto com referência aos dons ministeriais:

E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo.

            A atuação harmoniosa destes dons na Igreja, produz guerreiros aptos e intercessores eficazes, pois a confiança e a consagração serão alcançadas e compartilhadas.
O texto abaixo nos mostra o que é uma vida, ou seja, uma casa nova, consagrada ao Senhor.. É interessante ler todo o capítulo 12 da carta de Paulo aos Romanos e meditar com a ajuda do Espírito Santo, pois só assim veremos com clareza todos os detalhes. Peça a Ele que mostre pontos em sua vida já consagrados e pontos que ainda precisam de ajustes.

Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Pois pela graça que me foi dada digo a todos vocês: ninguém tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que deve ter; mas, pelo contrário, tenha um conceito equilibrado, de acordo com a medida da fé que Deus lhe concedeu. Assim como cada um de nós tem um corpo com muitos membros e esses membros não exercem todos a mesma função, assim também em Cristo nós, que somos muitos, formamos um corpo, e cada membro está ligado a todos os outros.
Romanos 12:1-5

     Intercessão de hoje:
Que haja revelação da vontade de Deus para a vida de todos os irmãos, guiando cada um na busca dos dons que o Senhor dá e também que os dons ministeriais sejam exercidos em harmonia e amor.




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